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Isadora Souza

Start Educação

Verbos de Taxonomia de Bloom revisada

Os objetivos de aprendizagem são descrições que comunicam claramente o que os alunos devem alcançar e demonstrar após a conclusão de uma experiência ou intervenção educacional.


Com o objetivo de facilitar a organização e criar um vocabulário comum, em 1948 a Associação Norte Americana de Psicologia (American Psycological Association) iniciou uma força tarefa para criar a Taxonomia dos Objetivos Educacionais. Esse projeto foi coordenado por Benjamin Samuel Bloom e ao ser finalizado em 1956 ficou conhecido como Taxonomia de Bloom.


Basicamente é uma classificação de objetivos de conhecimento e habilidades intelectuais (domínio cognitivo) e comportamentos (domínio afetivo).


Como outras taxonomias, é hierárquico (como uma escada), o que significa que:

O aprendizado em níveis mais altos depende da obtenção de conhecimentos e habilidades anteriores em níveis mais baixos.

Existem "3 tipos de escadas":

três quadros de tonalidades azuis, primeiro descrito domínio cognitivo, segundo descrito domínio psicomotor e terceiro domínio afetivo

Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo


É estruturada em níveis de complexidade crescente - do mais simples ao mais complexo - e isso significa que, para adquirir uma nova habilidade pertencente ao próximo nível, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível anterior.


Ou seja, só após conhecer um determinado assunto alguém poderá compreendê-lo e aplicá-lo. Nesse sentido, a taxonomia não é apenas um esquema para classificação, mas uma possibilidade de organização hierárquica dos processos cognitivos de acordo com níveis de complexidade e objetivos do desenvolvimento cognitivo desejado e planejado.


A proposta de taxonomia de objetivos educacionais foi revista em 2001, por Lorin Anderson e David Krathwohl, trocando substantivos por verbos e elevando a ação criativa ao mais alto grau na hierarquia.


De um modo bem prático, segue uma tabela do Domínio Cognitivo da Taxonomia de Bloom revisada organizada em seis níveis, para facilitar a escolha do verbo a ser utilizado/aplicado em função do comportamento esperado:
lista em ordem crescente de complexidade memorizar compreensão aplicação análise avaliação criar

  • Conhecimento - Refere-se à habilidade do estudante em recordar, definir, reconhecer ou identificar informação específica, a partir de situações de aprendizagem anteriores;

  • Compreensão - Refere-se à habilidade do estudante em demonstrar compreensão pela informação, sendo capaz de reproduzir a mesma por ideias e palavras próprias;

  • Aplicação - Refere-se à habilidade do estudante em recolher e aplicar informação em situações ou problemas concretos;

  • Análise - Refere-se à habilidade do estudante em estruturar informação, separando as partes das matérias de aprendizagem e estabelecer relações, explicando-as entre as partes constituintes;

  • Avaliação - Refere-se à habilidade do estudante em fazer julgamentos sobre o valor de algo (produtos, ideias, etc.) tendo em consideração critérios conhecidos;

  • Criação - Refere-se à habilidade do estudante em estruturar informação de várias fontes, formando um produto novo.


Exemplos de objetivos de aprendizagem cognitivos adaptados:

exemplos de objetivos de aprendizagem

Se você aprende melhor vendo e ouvindo, dê um play nesta videoaula de 12'42'' sobre Como escrever objetivos de aprendizagem a partir da taxonomia de Bloom

Videoaula com Isadora Souza | Canal Start Educação |



Taxonomia de Bloom do Domínio Psicomotor


A aquisição de habilidades é sequencial e progressiva em um nível contínuo.

escada numerada de 1 a 5, 1 é imitação, 2 é manipulação, 3 é precisão, 4 é articulação e 5 é naturalização automação

Taxonomia de Bloom do Domínio Afetivo


Conhecido também como Metas Comportamentais (Domínio Comportamental)


Bloom e colaboradores descreveram em paralelo em 1956 outra taxonomia afetiva de cinco níveis de complexidade crescente de comportamento:


  1. Prontidão, abertura: reconhecendo que existe

  2. Receptivo: reativo e responde com atitudes de busca

  3. Avaliativo: aprecia e valoriza positivamente

  4. Integrado: incorpora e prioriza dentro de seu comportamento

  5. Tomar posse: tornou-se seu na vida cotidiana


No desenho e planeamento de uma intervenção educativa é muito importante que os objetivos estejam alinhados com as metodologias e avaliação.


Para analisar o grau de coerência, uma matriz de três itens pode ser preenchida com os objetivos, métodos e avaliação:

três quadrados cada um numerado de 1 a 3, o número 1 é objetivo, o número 2 é métodos o número 3 é avaliação da aprendizagem

Tanto os métodos quanto a avaliação da aprendizagem devem ser coerentes e alinhados e de acordo com os objetivos de aprendizagem.



Em resumo, para formular objetivos de aprendizagem eficazes, é necessário focar em:


  • Relevância (evite o trivial);

  • Fácil de entender por todos, expressando claramente o que precisa ser aprendido;

  • Uma ação demonstrável do estudante;

  • Mensurável (mensurável)

  • Realista e relevante ao nível de formação ou amadurecimento do aprendiz;

  • Taxonomias são classificações hierárquicas que facilitam a estruturação dos objetivos. Aprender nos níveis mais altos depende de ter obtido conhecimentos e habilidades anteriores nos níveis mais baixos;

  • É essencial manter os objetivos de aprendizagem alinhados com as metodologias (atividades) e a avaliação.

Aprendi com:

BLOOM, B. S. et al. Taxonomy of educational objectives. New York: David Mckay, 1956. 262 p.

FERRAZ, Ana Paula do C. M. e BELHOT, Renato V.. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010.

KRATHWOHL, David R. A Revision of Bloom's Taxonomy: An Overview, Theory Into Practice, 41:4, 212-218, 2002.

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